Renan Contrera
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A cerimônia de comemoração ao Dia do Marinheiro e de Imposição de Medalha Mérito Tamandaré aconteceu na manhã desta sexta-feira (12) no Grupamento de Fuzileiros Navais de Brasília (DF). Durante o evento, 240 personalidades civis e militares, além de cinco instituições, foram agraciadas com a Medalha Mérito Tamandaré.
Foto Jorge Cardoso
O Mérito de Tamandaré foi entregue a 240 autoridades civis e militares
As medalhas foram destinadas a congratular aqueles que, de alguma maneira, tenham prestado relevantes serviços na divulgação ou no fortalecimento das tradições da Marinha do Brasil, honrando seus feitos ou realçando seus vultos históricos. A comenda foi criada 1957.
A presidente da República, Dilma Rousseff, enviou mensagem que foi lida na cerimônia. “Construir uma Marinha cada vez mais forte, moderna, bem equipada e preparada para cumprir sua missão constitucional é a melhor forma de honrar o legado de Tamandaré. Registro com grande satisfação, os avanços que realizamos nos últimos quatro anos, em direção a um poder naval cada vez mais robusto.”
Foto Jorge Cardoso
Representantes das três forças singulares participaram da cerimônia
Rousseff, assim como o ministro da Defesa, Celso Amorim, e o comandante da Marinha, almirante Julio Soares Moura Neto, estiveram ausentes da cerimônia por estarem presentes na inauguração do prédio principal do estaleiro para desenvolvimento do Programa de Desenvolvimento Submarinos (Prosub), em Itaguaí (RJ). Em substituição a Moura Neto, presidindo o evento, estava o chefe do Estado-Maior da Armada, almirante Wilson Barbosa Guerra.
Avanços
A mensagem de Moura Neto, lida na cerimônia, destacou que é gratificante, após 207 anos do nascimento do patrono, “relembrar o passado e identificar as raízes do patriotismo e da dedicação ao serviço, que permitiram formar uma Instituição forte e respeitada com vista a constituir um Poder Naval capacitado a garantir a soberania e os interesses do Brasil”.
Foto Jorge Cardoso
O Dia do Marinheiro foi comemorado no Corpo de Fuzileiros Navais em Brasília
O Comando da Força de Fuzileiros da Esquadra, os Comandos do 8° Distrito Naval e da 2° Divisão da Esquadra, o 26° Grupo de Artilharia de Campanha e o 3° Esquadrão do sétimo Grupo de Aviação, foram condecorados pelo almirante Guerra, condecorou as cinco instituições.
Participaram da cerimônia o Ministro de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação, Clelio Campolina; o secretário de Pessoal, Ensino, Saúde e Desporto do Ministério da Defesa, general Joaquim Silva e Luna; o chefe de Logística do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA) do Ministério da Defesa, Antonio Carlos Bermudez; e o chefe de Operações Conjuntas do EMCFA, almirante Ademir Sobrinho.
Além do Chefe do Departamento de Ciência e Tecnologia General-de-Exército Sinclair James Mayer e Chefe do Estado-Maior da Aeronáutica Tenente-Brigadeiro-do-Ar Nivaldo Luiz Rossato.
Marquês de Tamandaré
A cerimônia do Dia do Marinheiro acontece anualmente e marca o aniversário do patrono da Marinha do Brasil, o Almirante Joaquim Marques Lisboa, Marquês de Tamandaré.
Tamandaré Ingressou na Marinha de Guerra ao alvorecer da Independência do Brasil, a qual ajudou a consolidar. Foi uma das colunas resistentes e inabaláveis que, junto do marechal Duque de Caxias, consolidou a Independência Nacional e firmou o Império.
Além das Guerras da Independência, onde esteve embarcado na Fragata “Niterói”, participando da épica perseguição à frota portuguesa que deixava a Bahia. Comandou navios de guerra da Marinha Imperial no Rio da Prata durante a Guerra da Cisplatina (1825-1828), destacando-se na captura do navio argentino “Ocho de Febrero”.
Como oficial-general, comandou a Força Naval brasileira no Rio da Prata entre os anos de 1864 a 1866, atuando no conflito, em solo uruguaio, quando exerceu o Comando-Geral das tropas da Marinha, na tomada de Paissandu. Esteve no comando da Esquadra brasileira na primeira fase da guerra contra o Paraguai quando, para além das vitórias em combate, organizou a logística à manutenção dos principais navios da Armada Imperial.
O Almirante Tamandaré faleceu, na então capital federal cidade do Rio de Janeiro, em 20 de março de 1897.